quarta-feira, 9 de maio de 2012

Straight Edge (sXe)

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Straight Edge (abreviado para sXe ou SxE) é um modo de vida associado a música Punk/Hardcore. Ele defende a total e perene abstinência em relação ao tabaco, álcool e as chamadas drogas ilícitas.
Teve como precursores a banda de Hardcore Minor Threat, que ficou famosa em todo o mundo, mas foi mais famosa em países industrializados como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e parte da Europa Ocidental. Embora os straight-edgers ou "edge kids" não se identifiquem com uma visão de mundo particular nos pontos de vistas sociais ou políticos, muitos deles estão associados à preceitos como o anarquismo, vegetarianismo, veganismo, sustentabilidade e movimentos ecológicos. Em correntes minoritárias, ideologias nacionalistas, conservadoras e religiosas e pontos de vista de extrema direita também estão presentes, porém, estes são mal vistos pelos straight edges tradicionais.
Entre bandas straight edgers podemos citar além do Minor Threat, Youth of Today, Teen Idles, Rise Against, Gorilla Biscuits, Lärm, Bold, To See You Broken, etc.


 


Visão Geral

straightedge (2)Straight edge pode ser definido como uma anti-contracultura, modo de vida, ou como uma forma de resistência, abstendo-se de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas.
A idéia surgiu com o início da cultura punk, no meio de jovens de culturas distintas que simplesmente não queriam fazer uso de drogas ou de bebidas alcoólicas para se divertir.
Existem inúmeras razões pelas quais se escolhe ser "straight edge". Alguns o utilizam como um fundamento porque crêem que desta forma estarão mais envolvidas com sua saúde física e mental. Existem também os que se identificam com o movimento por partilharem da opinião de que a consensualização atual do uso de substâncias alteradoras do humor contribui para a anestesia política e contenção da contestação.
Quem adota esta postura procura uma forma de resistir, através da contracultura, à pressão social que incentiva o consumo de álcool, cigarro e drogas ilícitas.
Grande parte escolhe por ser vegetariano ou vegano, ainda que muitos não vejam nenhuma ligação entre o seu ideal e o vegetarianismo ou veganismo. Da mesma forma, muitos edgers optam pelo ateísmo e outros pelo teísmo, em especial a religião Hare Krishna, ou Vaishnava, que tem relação com as origens desse movimento através de bandas como o Youth Of Today (que foi uma das primeiras bandas Straight Edges), além das identificações com o vegetarianismo e a atitude anti-drogas, etc., de qualquer modo, cada edger irá assumir total responsabilidade por seus atos.

 


O 'X'

Durante uma turnê do Teen Idles, eles tocaram em um bar de São Francisco, Califórnia, chamado Mabuhay Gardens, onde se marcavam os menores de idade com um X na mão. Assim, os garçons não vendiam bebidas alcoólicas para eles. A banda gostou tanto da idéia que levou-a para casa, onde vários clubes e bares adotaram a mesma política. Com o tempo, os adeptos da filosofia Straight Edge começaram a usar o X até fora dos bares, e mesmo depois de completarem a idade legal para beber. Assim, ele acabou se tornando o símbolo do movimento.
Algumas pessoas Interpretam os três “X" como a representação de "corpo", "mente" e "alma". Outros como símbolo da letra da música "Out of step" do Minor Threat: "I Don't Drink, I Don't Smoke, I Don't do drugs - At Least I can fuckin' think! [...]" (Eu não bebo, eu não fumo, eu não me drogo - Pelo menos eu consigo pensar, porra!). Na verdade, os três xis (XXX) tiveram sua origem em um trabalho artístico feito pelo baterista do Minor Threat, Jeff Nelson, no qual foram substituídas as três estrelas da bandeira da cidade natal da banda (Washington D.C.) pelos xis, usado na capa da coletânea "Flex Your Head" (lançada pela Dischord Records em 1982).
É muito comum tatuar o símbolo do X tanto na mão quanto em outras partes do corpo, ou usá-lo em roupas, button, patches, etc…
O X é considerado uma marca de negação e identidade. Colocá-lo em um nome pessoal ou de banda é uma prática comum para os straight edges.
Para algumas pessoas, o X é encarado como um rótulo, ou como uma espécie de segregação, elitismo. Na verdade, desenhá-lo tornou-se algo (contra)cultural para os adeptos, assim como os rebites e moicanos da cultura punk.

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