Barão Vermelho foi o mais famoso piloto alemão da Primeira Guerra
O barão Manfred von Richthofen ganhou fama durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), na qual ficou conhecido como Barão Vermelho. Sua fama chegou a extrapolar as fronteiras alemãs para os Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália.
Carreira
A companhia aérea Lufthansa durante muito tempo aproveitou a popularidade do Barão Vermelho em suas campanhas publicitárias no mercado norte-americano.
O próprio Richthofen contou a carreira de piloto de avião de caça em um livro publicado em 1917. A primeira edição do "Der rote Kampfflieger" vendeu mais de 250 mil exemplares em um ano e foi reeditado várias vezes. Escrita em estilo altamente arrogante, a biografia ajudou a criar o mito de um grande herói de guerra. A mãe de Richthofen descreveu a morte do piloto como o martírio de um jovem cheio de ideais e heroísmo.
Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho, ganhou notoriedade
Como muitos dos filhos da nobreza da época, Richthofen ingressou no corpo de cadetes imperiais aos 10 anos de idade. Posteriormente, tornou-se oficial de cavalaria. A carreira de oficial permitiu-lhe continuar praticando sua maior paixão --a caça.
Prazer em matar
Com o início da Primeira Guerra, o Exército alemão intensificou atividades de reconhecimento nos territórios inimigos. Richthofen pediu transferência para a recém-criada força aérea. Logo passou a participar de vôos de reconhecimento e bombardeios. Ele próprio dizia sentir um verdadeiro prazer em liqüidar um inimigo.
Na primavera européia de 1916, o tenente Richthofen passou a receber a formação de piloto de caça. Ele destacou-se por sua agressividade e, em pouco tempo, já derrubara 16 aviões franceses e ingleses, o que lhe rendeu a medalha de honra ao mérito, a maior condecoração militar do Império Alemão, e o posto de capitão de esquadra. Tratava seus adversários como animais selvagens e, às vezes, derrubava até dois ou três caças por dia.
Sua morte
Richthofen foi também um dos primeiros a pilotar um triplano Fokker, que estreou nas frentes de batalha no outono de 1916. Era um avião de caça pequeno, a agilidade e a velocidade de decolagem eram sua principal arma. Em manobras, era impossível colocá-lo em mira, mas, se seguisse um rumo fixo, tornava-se alvo fácil. Foi isso o que provavelmente acabou com Richthofen.
No dia 21 de abril de 1918, pouco antes de completar 26 anos, foi atingido pelo piloto canadense Roy Brown, enquanto perseguia sua vítima de número 81. Ao mesmo tempo, infantes australianos dispararam do solo suas metralhadoras contra ele. Richthofen foi atingido por um tiro mortal.
Seu corpo foi enterrado com honras militares num pequeno cemitério de soldados no norte da França. Sete anos mais tarde, o cadáver foi exumado a pedido da família e sepultado em Berlim, novamente com honras militares e grande participação popular.
A força aérea alemã perdeu 7.700 pilotos na Primeira Guerra Mundial. Réplicas do triplano Fokker (que Richthofen havia mandado pintar de vermelho para provocar seus adversários) estão expostas na maioria dos museus de tecnologia e aviação do mundo. Manfred von Richthofen virou nome de esquadras, quartéis, praças e ruas.
1 comentários:
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